domingo, 2 de junho de 2013

IMPRESSÕES DE UMA VIAGEM PARA O INTERIOR




Certo que a foto não é uma beleza, mas vale como primeiro registro.


Nos dias 13 e 14 de maio desse ano fiz um freela como pesquisadora de campo pro IPMN (Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau) e conheci lugares muito bacanas. No primeiro dia, fui pro Amparo, bairro no Centro Histórico de Olinda. Já conhecia, porém não imaginava que tinha um cotidiano tão ativo (mas não o suficiente para se fazer pesquisa) . Já na terça, dia 13, a nossa missão seria em Timbaúba, interior do estado. 

A minha empolgação era mais pra conhecer o lugar em si que pra trabalhar. E nossa, não me arrependo. O povo de Timbaúba é muito legal, respeitador, acolhedor, conversador... Trabalhei sem frescura, respondiam o questionário atentamente. Discutiam sobre. Conheci figuras de todos os tipos, mas todas ganhavam em média uns R$1200 . Admiravam muito um político local, chamado Marinaldo Rosendo... Não sei o que esse cidadão fez de bom, mas como tem o nome do meu avô que nunca conheci, darei créditos a ele. 

E a comida? Gente, que delícia. O self era tudo que há, você poderia comer a quantidade que quisesse por R$ 8. Comi lá no Restaurante da Irmã, podem procurar, a comida é muito gostosa, o atendimento é bom e são pessoas muito simpáticas. Me deram até um suco cortesia, agradeço muito.

Andando pelas ruas percebi que há muitas campanhas publicitárias alertando sobre os perigos do Crack. Imagino que lá no interior esteja tão grave quanto na Capital. Todos pareciam ser de organizações independentes, com fundo religioso. Falando em droga, caramba, passei maus bocados, pois lá não encontrei um fiteiro sequer vendendo cigarro Hollywood. É de Derby pra baixo. Fica o aviso para os fumantes, levem seus cigarros de casa! (tou nem aí pro moralismo e conheço todos os contras de fumar). Continuando com as mazelas, lá também há uma sensação de insegurança, como na RMR. Mas as pracinhas são movimentadas, tanto com pessoas descansando o trabalho, conversando... Lá, assim como na Cidade, tem os galerosos malassombrados ouvintes de Leozinho, Sheldon e Boco. 

Roqueiro sofre! Queria conhecer um roqueiro de Timbaúba que andasse de visu pela cidade. Onde eu chegava, questionavam sobre meu alargador. O processo, se eu gostava, se doía... Tiraram até foto. Me senti o centro das atenções e particularmente não gosto disso. Mas não relevei. Expliquei calmamente. Essa pra mim foi a parte mais estranha, porque estou acostumada a ver pessoas diferentes com alargadores todos os dias, inclusive meu amor tem um par, e são maiores que os meus. Isso significa que, superficialmente, há por lá o preconceito com a aparência alheia. Lembrando que são primeiras impressões, só passei lá cinco horas, e de trabalho. Não fui como turista, mas aproveitei a situação.

O clima frio colaborou com a paisagem. Como lá é muito alto e as casinhas são coloridas, as nuvens bem pesadas com a neblina pareciam se misturar com a paisagem cotidiana. A viagem inteira foi com esse clima gostoso. Pra chegar lá em Timbaúba, passei por Goiana, Condado e Aliança, que só conheci a plaquinha,    o único registro de minha viagem corrida. Não deu para fotografar tudo, pois não estava a passeio. Mas na minha memória ficará as boas recordações.


Recomendo a visita! Espero voltar em breve.

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